Fábulas
Fábula
1: A cigarra e a formiga
Era
uma vez, em uma floresta ensolarada, uma cigarra que adorava cantar e
aproveitar os dias quentes do verão. Ela pulava de galho em galho, espalhando
sua melodia pelo ar. Enquanto isso, no chão, uma formiga trabalhava
incansavelmente, carregando grãos de trigo e armazenando comida em seu
formigueiro.
Observando
o esforço da formiga, a cigarra riu e disse:
— Por que você perde tanto
tempo trabalhando, amiga formiga? O verão é maravilhoso! Venha cantar comigo e
aproveitar o sol!
A
formiga respondeu, sem parar de carregar seu fardo:
—
Estou me preparando para o inverno. Quando o frio chegar, não haverá comida
disponível, e eu não quero passar fome.
A
cigarra zumbiu:
—
O inverno ainda está longe! Há tempo de sobra para se preocupar com isso.
Enquanto
a cigarra continuava a cantar e se divertir, a formiga seguia firme em seu
trabalho.
Os dias passaram, e o inverno chegou. O frio tomou conta da floresta, o vento
soprava forte e a neve cobriu o chão. A cigarra, que não havia guardado nenhum
alimento, começou a sentir fome. Procurou por comida, mas tudo estava
congelado. Desesperada, lembrou-se da formiga e correu até o formigueiro.
Bateu
à porta e implorou:
—
Amiga formiga, por favor, me ajude! Estou com frio e morrendo de fome. Você
poderia compartilhar um pouco do seu alimento comigo?
A
formiga olhou para a cigarra e perguntou:
—
O que você fez durante o verão?
—
Eu cantei e aproveitei os dias ensolarados — respondeu a cigarra, envergonhada.
A
formiga então disse:
—
Se você cantou no verão, dance agora no inverno.
E
fechou a porta, deixando a cigarra do lado de fora.
Sem
outra opção, a cigarra aprendeu uma lição dura: aqueles que não se preparam
para o futuro sofrerão as consequências.
O
esforço e o planejamento são fundamentais para evitar dificuldades e garantir
um futuro seguro.
Fábula
2: A Coruja e os Pássaros
Em uma floresta vivia uma coruja
muito sábia. Ela passava as noites observando tudo com atenção e costumava dar
conselhos aos outros animais. Um dia, viu caçadores entrando na mata com redes
e gaiolas. Preocupada, voou até os pássaros e avisou:
— Amigos, cuidado! Estão colocando
armadilhas para pegar aves como vocês!
Mas os pássaros riram da coruja e
disseram:
— Você vive no escuro e só fala
de perigo. Aqui está tudo tranquilo!
No dia seguinte, a coruja viu os
homens armando as redes bem perto das árvores. Voou até os pássaros e avisou de
novo:
— Ainda dá tempo de fugir! Eles estão
cada vez mais perto!
Mas os pássaros continuaram
cantando, sem acreditar nela. Pouco depois, os caçadores voltaram e pegaram
muitos pássaros. Os que escaparam ficaram tristes e assustados.
Foi então que perceberam que a coruja
só queria ajudar e que deviam ter escutado seu conselho.
É importante ouvir os conselhos de
quem tem experiência.
Fábula 3: O Leão e o Rato
Um
dia, um leão dormia tranquilo na floresta. De repente, um rato começou a correr
por cima dele, sem perceber onde estava. O leão acordou assustado e, com um só
movimento, capturou o rato com a pata.
—
Como você se atreve a me acordar? — rugiu o leão, bravo. — Agora vou te
devorar!
O
rato, tremendo de medo, respondeu com uma voz fininha:
—
Por favor, senhor leão, me perdoe! Eu não queria te acordar. Se você me soltar,
prometo que um dia posso te ajudar!
O
leão achou graça da ideia.
—
Você? Um rato tão pequeno, ajudando um leão como eu? — e deu uma gargalhada.
Mas,
com bom humor, decidiu soltar o ratinho.
Dias
depois, o leão caiu em uma armadilha feita por caçadores. Preso em uma rede,
rugia e se debatia, sem conseguir escapar. Seus gritos de socorro chegaram aos
ouvidos do rato, que reconheceu a voz do leão.
Rapidamente,
o ratinho correu até a rede e começou a roer as cordas com seus dentinhos
afiados. Trabalhou sem parar, até conseguir libertar o leão.
—
Eu te disse que um dia poderia te ajudar! — disse o ratinho, feliz.
O
leão, emocionado, agradeceu e nunca mais subestimou a força dos pequenos.
Até
os mais fracos podem ser úteis. Nunca despreze alguém por seu tamanho.
Fábula 4: O Ladrão e o Cão de Guarda
Certa
noite, um ladrão se aproximou silenciosamente de uma casa para tentar roubar
algo. Ele já estava bem perto quando viu um cão de guarda sentado na porta,
observando tudo com atenção.
O
ladrão, tentando enganar o cão, disse com voz mansa:
—
Oh, meu amigo cão, não precisa latir nem fazer barulho. Eu não vim fazer mal a
ninguém. Na verdade, estou só de passagem e trouxe um pedaço de carne pra você.
Que tal?
Mas
o cão não caiu na conversa. Ele respondeu:
—
Eu conheço gente como você. Se eu aceitasse sua carne e ficasse quieto, você
invadiria a casa, roubaria tudo e depois sumiria. Prefiro avisar meu dono e
cumprir meu dever, mesmo sem ganhar nada.
E
começou a latir bem alto, acordando todos da casa. O ladrão fugiu correndo, sem
conseguir levar nada.
Fábula 5: A
Raposa e as Uvas
Em um dia quente de verão, uma
raposa faminta andava pela floresta em busca de comida. Depois de muito
procurar, ela viu um parreiral com cachos de uvas bem maduras e brilhantes,
pendurados no alto.
— Que maravilha! — disse a raposa. —
Essas uvas parecem deliciosas! Vou comê-las agora mesmo!
A raposa deu um pulo, mas não
alcançou. Tentou de novo, mais alto, e nada. Pulou uma terceira vez com toda a
força, mas as uvas estavam altas demais.
Cansada, com a língua de fora e sem
forças para continuar tentando, a raposa se virou e disse:
— Ah, quer saber? Essas uvas nem
devem estar boas. Aposto que estão verdes e azedas!
E foi embora, tentando parecer
indiferente, mas na verdade estava morrendo de vontade de comê-las.
É fácil dizer que algo não presta
quando não conseguimos alcançar.