Como nasceram as estrelas
Atividade 1 do 3º bimestre
Como nasceram as estrelas (parte1)
Pois
é, todo mundo pensa que sempre houve no mundo estrelas pisca-pisca. Mas isso é
um erro. Antes os índios olhavam de noite para o céu escuro, e bem escuro
estava esse céu. Um negror. Vou contar a história singela do nascimento das
estrelas.
Era
uma vez, no mês de janeiro, muitos índios. E ativos: caçavam, pescavam,
guerreavam. Mas nas tabas não faziam coisa alguma: deitavam-se nas redes e
dormiam roncando. E a comida? Só as mulheres cuidavam do preparo dela para
todos terem o que comer.
Uma
vez elas notaram que faltava milho no cesto para moer. O que fizeram as
valentes mulheres? O seguinte: sem medo enfurnaram-se nas matas, sob um gostoso
sol amarelo. As árvores brilhavam verdes e embaixo delas havia sombra e água
fresca. Quando saíam de debaixo das copas encontravam o calor, bebiam no reino
das águas dos riachos buliçosos. Mas sempre procurando milho porque a fome era
daquelas que as faziam comer folhas de árvores. Mas só encontravam espigazinhas
murchas e sem graça.
—
Vamos voltar e trazer conosco uns curumins (assim chamavam os índios crianças).
Curumim dá sorte.
Exercício
1. Onde os índios costumavam
descansar durante o dia?
2. Quem era responsável por preparar
a comida na aldeia?
3. O que as mulheres indígenas
perceberam que estava faltando?
4. Como era o ambiente da mata
descrito no texto?
5. O que as mulheres decidiram fazer
quando não encontraram milho suficiente?
(Parte 2)
E
deu mesmo. Os garotos pareciam adivinhar as coisas: foram retinho em frente e
numa clareira da floresta, eis um milharal viçoso crescendo alto. As índias
maravilhadas disseram: vamos colher tanta espiga! Mas os gatinhos também
colheram muitas e fugiram das mães voltando à taba e pedindo à avó que lhes
fizesse um bolo de milho. A avó assim fez e os curumins se encheram de bolo que
logo se acabou. Só então tiveram medo das mães que reclamariam por eles comerem
tanto. Podiam esconder numa caverna a avó e o papagaio porque os dois contariam
tudo. Mas, e se as mães dessem falta da avó e do papagaio tagarela? Aí então
chamaram os colibris para que amarrassem um cipó no topo do céu. Quando as
índias voltaram ficaram assustadas vendo os filhos subindo pelo ar. Resolveram,
essas mães nervosas, subir atrás dos meninos e cortar o cipó embaixo deles.
Aconteceu
uma coisa que só acontece quando a gente acredita: as mães caíram no chão,
transformando-se em onças. Quanto aos curumins, como já não podiam voltar para
a terra, ficaram no céu até hoje, transformados em gordas estrelas brilhantes.
Mas, quanto a mim, tenho a lhes dizer que as estrelas são mais do que curumins.
Estrelas são os olhos de Deus vigiando para que corra tudo bem. Para sempre. E,
como se sabe, “sempre” não acaba nunca.
Exercício
1. O que os curumins encontraram na floresta?
2. Por que os curumins ficaram com medo depois de comerem
todo o bolo?
3. O que eles fizeram para esconder a avó e o papagaio?
4. O que aconteceu com as mães quando tentaram subir pelo
cipó atrás dos filhos?
5. Como o texto explica o surgimento das estrelas no céu?